quarta-feira, 4 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
domingo, 24 de julho de 2011
Auto da Floripes: Neves - Barroselas, Mujães, Vila de Punhe (Viana do Castelo)
É uma peça de teatro representada no dia 5 de Agosto (dia da padroeira) no largo das Neves, por populares das freguesias de Mujães, Barroselas, e Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo.
Centrada numa luta entre o Imperador Carlos Magno e seu exército contra turcos (que não eram da Turquia mas da Hispânia!), a representação é monopolizada pela batalha entre o cavaleiro cristão Oliveiros e Ferrabrás, o rei de Alexandria, na qual o primeiro vence, mas que é preso através de uma emboscada do exército turco. Realizadas embaixadas de parte a parte para serem resolvidas as divergências, são detidos quatro embaixadores cristãos e o clima de guerra intensifica-se para então surgir Floripes, a filha do rei turco Almirante Balaão, que movida por amores por um cavaleiro cristão (Guui de Borgonha) trai o seu pai, enfeitiça o carcereiro e solta os presos para acabar por se casar com Oliveiros. Ficando o exército de Carlos Magno restabelecido é travada batalha entre todos os soldados na qual os cristãos desarmados, mas providos de valentia, vencem os turcos que aceitando a conversão cristã são libertados. Termina o evento com cânticos e danças entre vencedores e derrotados, acompanhados pelo som das palmas do público e das bandas filarmónicas que tocam as músicas características, as Contradanças.
Ao estilo do teatro medieval, os infiéis são ridicularizados e humilhados pois perdem contra cristãos desarmados, e que para serem soltos sujeitam-se à conversão; para de seguida incorporarem uma dança, que se enquadra nas mouriscas e judengas muito populares a partir do reinado de D. Manuel I (1495-1521) após a expulsão ou conversão forçada dos mouros e judeus, e realizadas nas festividades religiosas ou até nas procissões mais relevantes, como as do Corpus Christi. Os cânticos da loa final são uma consagração a Nossa Senhora das Neves.
O Auto da Floripes herdou da Idade Média o anonimato da autoria do texto, da criação da dramatização e do início das representações. Transmitido oralmente de geração para geração, face aos registos do século XIX e por ser uma adaptação da versão portuguesa do livro fantástico A História do Imperador Carlos Magno e dos Doze Pares de França, da autoria de Jerónimo Moreira de Carvalho publicada em duas partes em 1728 e 1737, o início das representações do Auto da Floripes está actualmente temporizado, com uma boa margem de exactidão, entre a segunda metade do século XVIII e o início do XIX.
O Auto da Floripes é um património cultural popular com três séculos de antiguidade, dez séculos de literatura, vinte séculos de história europeia e de um povo fantasista que absorveu e transmitiu várias influências culturais.
Dia 23 de Julho: 6.º dia do EiXpressões - Praça da República
Programação para hoje:
16h00 – Gaiteiros de Xinzo de Limia e Cardielos
Xinzo de Limia | Ourense / Cardielos | Viana do Castelo
17h00 – Moros y Cristianos (ver mais)
Sainza | Rairiz de Veiga, Ourense
22h00 – Auto da Floripes (ver mais)
Neves - Barroselas, Mujães e Vila de Punhe | Viana do Castelo
23h15 – Serração da Velha (ver mais)
Afife | Viana do Castelosábado, 23 de julho de 2011
Dia 23 de Julho: 5.º dia do EiXpressões - Praça da República
Programação para hoje:
22h00 – Testamentos do Compadre e da Comadre
Lazarim | Lamego
17h00 – Ranchos Folclóricos de Calheiros e Areosa
Calheiros | Ponte de Lima / Areosa | Viana do Castelo
18h00 – Caretos e Pantallas (ver mais)
Lazarim | Salsas e Xinzo de LIma
21h30 – Tributo de las Cien Doncellas (ver mais)
Betanzos | Corunha22h00 – Testamentos do Compadre e da Comadre
Lazarim | Lamego
22h45 – Maruxaina (ver mais)
San Ciprian | Cervo, Lugo24h00 – Queima de Judas (ver mais)
Monserrate | Viana do Castelosexta-feira, 22 de julho de 2011
Dia 22 de Julho: 4.º dia do EiXpressões - Praça da República
Programação para hoje:
21h30 – Danças e Contra-danças Medievais
Barroselas | Viana do Castelo
22h00 – Auto de S. João (ver mais)
Subportela | Viana do Castelo
23h30 – Serração da Velha (ver mais)
Darque | Viana do Castelo
Serrações da Velha - Afife, Carreço e Darque (Viana do Castelo)
Integradas nos rituais de passagem da escuridão para a luz, significando regeneração e renovação e representadas na Quaresma, as serrações são uma tradição com origem pagã, como as Queimas de Judas, na qual um boneco simbolizando uma velha como fardo é conduzido pela localidade e submetido a julgamento e condenação à morte. A leitura do testamento da Velha é uma manifestação popular crítica da actividade social de membros da comunidade. A Velha depois de julgada tanto pode ser serrada como queimada.
As Serrações da Velha são uma tradição portuguesa, sendo as de Afife e de Carreço acompanhadas pelo toque dos triquelitraques, instrumentos de madeira com várias carreiras de martelinhos que quando agitados produzem o som “triq-e-li-traq”.
Fichas Técnicas:
Nome: Sarração da Velha
Organização: Núcleo Amador de Investigação Arqueológica de Afife
Data: Quarta-feira da terceira semana da Quaresma
Local: Largo do Cruzeiro, Afife, Viana do Castelo
Âmbito: Celebração pascal (com base pagã)
Género: Profano
Nome: Serração da Velha
Organização: Ronda Típica de Carreço
Data: Quarta-feira da terceira semana da Quaresma
Local: Largo da Cabine, Carreço, Viana do Castelo
Âmbito: Celebração pascal (com base pagã)
Género: Profano
Nome: Serração da Velha
Organização: grupo informal
Data: Quarta-feira da terceira semana da Quaresma
Local: Darque, Viana do Castelo
Âmbito: Celebração pascal (com base pagã)
Género: Profano
(Luís Franco)
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Moros y Cristianos de A Saínza – Rairiz de Veiga (Ourense, Galiza)
Com origens no século XIX e sob a temática da Reconquista Cristã da Península, expressa a revolta do pagamento e resgate do tributo do Reino das Astúrias ao Emirado de Córdoba – as cem donzelas. Após o assalto dos mouros a uma torre cristã e o roubo do estandarte da Virgem das Mercês, os cristãos procuram uma solução pacífica. Perante a recusa dos infiéis é declarado “si guerra quereis, guerra tendréis” e desferido um forte e bem-sucedido ataque à torre. Os mouros são vencidos, as virgens libertadas e a torre incendiada.
No noroeste peninsular é a única representação remanescente das cavalhadas e a batalha travada com o recurso do fogo de canhão.Ficha Técnica:
Nome: Moros y Cristianos de A Saínza
Organização: Asociación Coordinadora de la Romaría da Saínza
Data: Domingo próximo ou coincidente do dia 24 de Setembro
Local: A Saínza, Rairiz de Veiga, Ourense
Âmbito: Romaría en honor a la Virgen de la Merced
Género: Guerreiro
(Luís Franco)
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